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✉️ Carros no calçadão da Andradas? Veja as notícias desta segunda

Edição #1541

✉️ Carros no calçadão da Andradas? Veja as notícias desta segunda
Prefeitura estuda liberar trânsito em trecho do calçadão da Rua da Praia | Foto: Hosana Aprato/SMOI

Olá! Uma iniciativa que lembra a Escola Sem Partido quer mudar a imagem do agronegócio nas escolas gaúchas. Reportagem de Brenda Fernández conta como uma organização criada por produtores rurais vem espalhando informações que contrariam fatos na rede pública de municípios do Rio Grande do Sul.

Valentina Bressan detalha as conclusões do relatório de uma auditoria do TCE-RS que responsabiliza Melo e Marchezan por falhas durante a enchente histórica de 2024.

Também nesta edição: a possibilidade de a prefeitura liberar carros no calçadão da Andradas e a marcha das mulheres contra o feminicídio, que encheu as ruas do Centro Histórico no sábado.

Falando em violência de gênero, Marcela Donini escreve sobre como falas machistas estão conectadas a crimes brutais praticados por homens contra mulheres.

Juremir Machado da Silva comenta a indicação de Flávio Bolsonaro para as eleições do ano que vem, e Roger Lerina escreve sobre o vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, Foi Apenas um Acidente, que chegou aos cinemas brasileiros.

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Previsão do tempo: Pancadas de chuva hoje à noite anunciam a chegada de um ciclone e risco de temporal no estado, derrubando a temperatura a partir de amanhã. A segunda ainda será quente, com máxima de 35ºC em Porto Alegre.

Entidade quer "corrigir" livros didáticos e formar professores da rede pública

Mudanças climáticas, desmatamento, uso de agrotóxicos: estes são apenas alguns temas que estão na mira da associação De Olho no Material Escolar. 

Com início em São Paulo, a organização também tem trabalhado para mudar a visão que estudantes gaúchos têm do agronegócio. Além das palestras, a De Olho busca apoio do governo Eduardo Leite (PSD) para implementar o programa Mestres do Agro, que consiste em uma formação para professores da rede pública.

Mas o principal foco são os livros didáticos: a organização estabelece relações com editoras que participam do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para “corrigir” informações erradas ou enviesadas, segundo a entidade. No entanto, os conteúdos que contestam são embasados em pesquisas e dados oficiais, como o fato de o Brasil ser um dos países que mais usa agrotóxicos do mundo, o que a entidade questiona. 

Já são 18 cidades envolvidas nas palestras da De Olho, que começou a se inserir no Rio Grande do Sul nos últimos três anos. Segundo a organização, 3,7 mil alunos e professores foram impactados no RS em 2024 e 2025.

Leia a reportagem completa:

Como o agro quer controlar o que é ensinado nas escolas gaúchas
Munidos de informações que contrariam fatos, a organização De Olho no Material Escolar, criada por produtores rurais, quer mudar a forma como o agronegócio é (mal) visto nas escolas públicas


O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER

TCE responsabiliza Melo e Marchezan por falhas no sistema de proteção contra cheias em 2024

Uma auditoria do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul responsabiliza agentes públicos e privados sobre os impactos da cheia histórica de 2024. O relatório diz que, mesmo que a enchente tenha sido um “evento climático extremo” inevitável, houve falhas no sistema de proteção de Porto Alegre durante a enchente, quando, conforme destaca o relatório, o nível do Guaíba não atingiu o limite de referência projetado em 1970.

Segundo o TCE, o risco de aumento de eventos extremos era previsível e, portanto, o sistema de proteção contra cheias deveria ter sido atualizado. Para o tribunal, o atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), e o ex-prefeito Nelson Marchezan Jr. têm fartos indícios de caracterização de culpa grave ou erro grosseiro, por ações e omissões que levaram a uma “grave inobservância do dever de cuidado”. Secretários, gestores, técnicos e uma empresa também foram responsabilizados. Leia a notícia completa na Matinal.

Prefeitura estuda liberar veículos no calçadão da Andradas

A Prefeitura de Porto Alegre estuda a possibilidade de autorizar o trânsito de veículos no calçadão da Andradas. Conforme o secretário Municipal de Planejamento e Gestão (SMPG), Cezar Schirmer, a proposta está na fase inicial e atende a uma demanda de moradores e comerciantes da região, informa reportagem do Correio do Povo. Schirmer explica que “a ideia é um tráfego limitado, com marcações de onde se pode transitar, deixar alguém ou pegar alguém”, citando ainda a possibilidade de delimitar horários. 

A proposta surge após a conclusão das obras do Quadrilátero Central, que depois de muito atraso, entre outras intervenções, resultou na troca do piso para placas de concreto, mais resistentes que as antigas lajotas.

Mulheres vão às ruas em protesto contra o feminicídio

Sapatos simbolizaram as vidas interrompidas de mulheres mortas por sua condição de gênero | Foto: Cris Leite

Conduzido por Tânia Farias, da tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, um grupo de mulheres fez uma performance em frente ao Palácio Piratini em memória das vítimas de feminicídio. O protesto fez parte do Festival Mulheres em Luta Sul (MEL-RS), promovido pelo instituto E Se Fosse Você?. Após o ato, manifestantes seguiram em marcha até a Cidade Baixa para a inauguração da Casa MEL, centro cultural localizado na José do Patrocínio.


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“Uma menina se enxerga na outra”, diz Flávia Twardowski

Flávia Twardowski foi a convidada da última Sabatina Parêntese – Conversas sobre o futuro de 2025, evento mensal realizado pela Matinal na livraria Paralelo 30. Mediado pelo professor Luís Augusto Fischer no sábado, o encontro com a doutora em Engenharia de Produção pela UFRGS e Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFRS abordou a importância do incentivo à pesquisa na Educação Básica e no Ensino Médio, tomando como referência a trajetória de Twardowski, com seus casos de sucesso enquanto orientadora.

Após visitar algumas feiras de ciência com o trabalho das primeiras orientandas do IFRS, Twardowski percebeu que outras meninas passaram a procurá-la, interessadas em repetir o processo. “Só depois fui entender, que uma menina se enxerga na outra”.

A íntegra da conversa está disponível no canal da Matinal no YouTube.

CONTEÚDO PUBLICITÁRIO

OUTRAS NOTÍCIAS
Dez vereadores da base aliada de Melo declararam voto contrário ao projeto do executivo de revisão do IPTU, que prevê a cobrança progressiva da tributação.
O TJ-RS deu cinco dias para a prefeitura e o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm explicarem supostas irregularidades em reunião do Conselho do Meio Ambiente.
Com 12 óbitos a cada 100 mil habitantes em 2024, Porto Alegre lidera, pelo décimo ano seguido, o ranking nacional de mortalidade por aids. A taxa é praticamente o triplo da média nacional.
Contudo, mesmo diante deste cenário, a capital interrompeu a transmissão vertical do HIV, quando a doença é passada de mãe para filho, seguindo tendência nacional
Rafael Bortoletti e Maninho Fauri, prefeito e vice de Viamão, tiveram mandatos cassados pelo TRE-RS. De acordo com a Corte, eles cometeram ilegalidade ao comparecer no evento de reabertura do Parque Saint'Hilaire. Ainda cabe recurso. 
O primeiro relatório de balneabilidade da temporada de verão indicou que Porto Alegre tem três pontos próprios para banho.
Juremir comenta a escolha de Jair Bolsonaro pelo primogênito para disputar as eleições de 2026: “Qual é a plataforma de Flávio Bolsonaro? Anistia para o pai.”

Tolerância zero contra o machismo

Quando Jair Bolsonaro disse à deputada federal Maria do Rosário que ela “não merecia ser estuprada”, nada aconteceu.

O caso é de 2014. Em junho de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réu o então deputado federal. O relator da ação, ministro Luiz Fux – o mesmo que tentou livrar Bolsonaro da condenação por tentativa de golpe – afirmou que a expressão “não apenas menospreza a mulher, mas a postura mostra desprezo pelas graves consequências dos desmembramentos dramáticos dessa violência”. Corretíssimo o ministro de 2016.

Depois disso, Bolsonaro virou presidente, e a ação foi suspensa. Quando ele deixou o cargo, o processo voltou a tramitar, mas prescreveu e acabou arquivado em 2024. Nos 10 anos que separam o ataque e o desfecho dessa história, a misoginia virou um negócio muito lucrativo no Brasil, enchendo os bolsos de quem controla plataformas como o YouTube e de influenciadores que difundem discursos de ódio contra mulheres.

Leia a coluna completa.


CULTURA

“Foi Apenas um Acidente” reflete sobre justiça e memória

Foto: Imovision

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, Foi Apenas um Acidente (2025) chegou aos cinemas brasileiros na mesma semana em que a Justiça iraniana condena seu realizador a um ano de prisão por "atividades de propaganda" contra o Estado. Escrito e dirigido por Jafar Panahi, o filme mistura suspense, humor sombrio e dilemas morais em seu questionamento sobre vingança, justiça e memória. Leia a resenha de Roger Lerina.


Muito obrigado pela sua leitura! Quem apoia a Matinal segue conosco com uma curadoria de agenda cultural para o final de semana. Quer ler agora? Então apoie e leia hoje mesmo! Até a próxima edição!