Recentemente vítima de uma agressão brutal de seu ex-produtor ⎯ que causou lesões graves como o descolamento das retinas, comprometendo a visão ⎯, o músico Júlio Reny é o tema de um documentário que entra em cartaz nos cinemas nesta quinta-feira (20/11). A conturbada trajetória de um dos mais talentosos nomes do rock gaúcho chega às telas sem retoques no cru Amor e Morte em Júlio Reny (2025).
Autor de hits como Amor e Morte, Cine Marabá e Não Chores Lola, o cantor, compositor, guitarrista e radialista autodenomina-se um "maldito do rock gaúcho". A cinebiografia dirigida por Fabrício Catanhede e produzida por Tamires Kareca e Fernanda Etzberger prova que não se trata de exagero: em depoimentos extremamente sinceros e às vezes até constrangedores, Reny desnuda-se diante da câmera, redefinindo a célebre tríade “sexo, drogas e rock and roll".
O longa levou mais de 10 anos para ser produzido, alternando falas do artista e entrevistas com figuras da cena musical sulista como Edu K, Carlos Gerbase, Wander Wildner, Claudinho Pereira, Juarez Fonseca, Mauro Borba, Carlos Miranda e Castor Daudt ⎯ além da multiartista e produtora cultural Consuelo Vallandro, filha de Reny.

A produção reúne ainda preciosas imagens de arquivo, como fotos, filmes e vídeos que recuperam a movimentação cultural alternativa de Porto Alegre entre meados dos anos 1970 e o final dos 1990. Assumindo o alcoolismo e a bipolaridade, Júlio Reny narra com franqueza e dor sua paixão: uma carreira musical que oscila entre altos e baixos, atravessada por relacionamentos amorosos tempestuosos, a morte prematura da primeira esposa, internações clínicas, penúria financeira e problemas com a justiça.

Amor e Morte em Júlio Reny: * * * *
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