Pois estimados leitores, aqueçam as suas tevês que nesta quinta-feira (18/12) vai ser lançada na Netflix a quinta temporada de Emily em Paris, a série mais queridinha da história das séries. E, ao menos pra começo de conversa, Emily em Paris se inicia em Roma, território do novo amor temporário da nossa queridinha Emily, a americana que se especializa em desconhecer línguas faladas em praticamente todos os países do mundo.
Isso não impede Emily de ser muito boa no que ela faz: criar campanhas de marketing digital dotadas de pura genialidade, e encontrar rapazes boa pinta que se apaixonem por ela. No caso, entrou em cena na quinta temporada o gattopardo Marcello, que traz junto uma mamma e uma empresa pra lá de exclusiva para ser cliente de Emily a partir do novo escritório romano da Agence Grateau, que ela vai liderar.
Uma parte engraçada disso tudo é que a França inteira protestou, com Emmanuel Macron à frente. Lembrem que os franceses desprezavam a série quando ela estreou, com a sua combinação de praticamente todos os estereótipos sobre a França e franceses já criados no mundo. Acontece que, algumas temporadas mais tarde, se descobriu que 10% de todo o turismo em Paris era gerado pela Emily! Macron berrou que Emily em Paris tem que ser em Paris, onde já se viu acontecer em Roma! E é isso que vamos descobrir na quinta e romana temporada, pra onde vai Emily. Vai que ela termina como Emily em Varsóvia?
Enquanto Emily era arrastada para seu novo local de trabalho e amor, o seu eterno não resolvido ficante premium, Gabriel, acaba de ganhar sua estrela Michelin em Paris, e não se conforma com a falta de uma Emily para olhar para a estrela na parede do seu restaurante.
Pelo visto, vai ter briga pelo amor de Emily, e os espectadores vão torcer por Marcello, Gabriel ou pelo polonês que pode aparecer no meio do caminho. Emily é muitas coisas, mas não é exatamente uma moça muito fixada em um caminho.
Dos detalhes da série, que aparentemente não atrapalham o seu sucesso, temos os rapazes com quem Emily se relaciona. Em comum com praticamente todos os rapazes da série, eles têm a aparência física de modelos que resolveram ir além das passarelas. O nível deles está na categoria Cigano Igor de Atuação e Dramaturgia. Os mais velhos vão saber do que estamos falando.
De qualquer maneira, Emily vai andar de Vespa utilizando modelitos pra lá de chiques, vai criar grandes campanhas, colecionar views e descobrir que, no amor ⎯ seja ele amour ou amore ⎯, o problema raramente está na grafia ou na pronúncia. Ela vai ser levada para conhecer o lado charmoso de uma sociedade tão antiga quanto sofisticada – sabem de onde vem a culinária francesa? –, vai encher o celular de fotos instagramadas, vai sofrer entre vários amores e rumar para a Polônia (quem sabe?).
O certo é que vamos ver, com ar de quem assiste por obrigação, fazendo de conta de que não está gostando, e ir sem parar até o final, pra então ficar esperando a sexta temporada pra ver se vai ser mesmo na Polônia, ou quem sabe a Tailândia em parceria com The White Lotus, já que as duas são sobre privilégio branco, mesmo que uma das duas tenha um pouco mais de consciência.
Emily, caros leitores, mais do que tudo, vai ser eterna enquanto dure.
Vejam.