Coprodução entre Colômbia e Brasil, entre outros países, Novembro (2025) revive um dos episódios mais trágicos e complexos da história recente colombiana: a tomada do Palácio da Justiça pelo grupo guerrilheiro M-19, em 6 de novembro de 1985.
Com roteiro e direção de Tomás Corredor, o filme foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Novembro se passa todo em um único ambiente: presos em um banheiro por mais de 27 horas durante uma ação armada dentro da sede do poder judiciário da Colômbia, guerrilheiros, juízes e cidadãos civis são obrigados a conviver a fim de sobreviverem à iminente tomada do prédio pelo exército.
“Novembro é um filme nascido da necessidade de revisitar um momento-chave da nossa história recente, mas a partir de outra perspectiva. A obra não busca reconstruir os fatos, mas sim explorar o que não foi visto: o íntimo, o vulnerável, o humano”, explica o diretor.
O longa combina ficção envolvente e imagens de arquivo para abordar a memória coletiva colombiana e suas lacunas. “O cinema nem sempre traz respostas, mas carrega algo ainda mais poderoso: a possibilidade de olhar de novo. Novembro é exatamente isso: uma reflexão sobre o que acontece conosco quando tudo se rompe. Não há heróis ou vilões, apenas pessoas diante de uma realidade que as esmaga. E essa realidade não faz parte apenas do passado. Pode acontecer de novo. Em qualquer país. A qualquer momento”, alerta Corredor.

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