Confira todos os textos da edição #303
- Sobre Jards Arnett Macalé da Silva, por Luciano Mello
- Raduan Nassar: um olho na literatura, outro na vida, por Helena Terra
- Perguntas para “O Agente Secreto”, por Álvaro Magalhães
- Serranos na várzea, por Geraldo Hasse
- Cidades são redes, por Juremir Machado da Silva
- Poesia de alta voltagem, por Marcia Benetti
- Uma alegria sem adeus, Mariana, por Tiago Maria
- Ninfas na lomba do cemitério, por Luís Augusto Fischer
- Gota D’água, Os Saltimbancos e O Cio da Terra, por Arthur de Faria
- Porto Alegre, 1891-95: os primeiros anos da Gazetinha, republicana, maçônica, operária e quase sensacionalista, por Arnoldo Doberstein
- Diário da guerra do sono: Capítulo III – O asfalto, por Cristiano Fretta
O primeiro (Gota D'água), na verdade, é um disco de Bibi Ferreira.
Produzido por Aloysio de Oliveira, ficou esquecido: não foi nunca lançado em CD, nem existe nas plataformas digitais (só tem, pirata, no YouTube). Mas, na época, o LP foi lançado em Moçambique (em 1976), no Brasil (1977) e em Portugal (1978). Tem os monólogos da peça interpretados por Bibi, com um fundo musical incidental baseado nas canções de Chico - em versões instrumentais arranjadas por Edson Frederico.
Além disso, estão ali quatro canções da peça, todas já lançadas por seu autor recentemente. Três delas estavam no show e no LP Chico Buarque e Maria Bethânia ao Vivo, de dois anos antes: a abertura é com Flor da Idade, que aqui neste LP tem uma versão meio insossa, com coro.
E aí as outras... Bem Querer com a estupenda Bibi dá de goleada na versão anterior de Chico e Bethânia. Gota D´Água não chega a tanto, mas mostra mais uma vez a tremenda cantora que a grande atriz também era. Por fim, há Basta um Dia, que tinha sido registrada em Meus Caros Amigos, e também soa espetacular com Bibi.
Em todas as canções, além da voz da atriz há “apenas” o violão e os arranjos de cordas de Dori Caymmi, elegantes e solenes como soem ser. Vale ter esse disco só por essas três canções.