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"Misty" celebra o jazzista Erroll Garner

Documentário recupera a carreira e a vida do pianista e compositor conhecido pelos improvisos virtuosísticos

"Misty" celebra o jazzista Erroll Garner
Imovision/Divulgação

Assinado pelo mesmo diretor de títulos como Maria Bethânia: Música É Perfume (2005) e Onde Está Você, João Gilberto? (2018), o documentário Misty – A História de Erroll Garner (2024) traça o perfil de um dos maiores pianistas da história do jazz. Conhecido por sua assombrosa capacidade de improvisar, Erroll Garner (1921 – 1977) é retratado tanto como músico genial quanto homem de relações familiares problemáticas.

O longa escrito e dirigido pelo francês Georges Gachot revela a trajetória artística e a vida particular de um dos jazzistas mas bem sucedidos de todos os tempos, compositor de temas como a clássica Misty – balada com centenas de gravações que se tornou um standard. Menino prodígio do piano e músico autodidata que nunca aprendeu a ler partitura, Garner destacava-se pela criatividade e fluência dos improvisos, pela agilidade da digitação no teclado – era chamado de "homem de 40 dedos" – e por surpreender até os músicos do seu quarteto com um repertório decidido por ele só na hora em que começava a tocar.

Imovision/Divulgação

O filme apresenta ainda uma visão da efervescência cultural e política dos Estados Unidos do pós-guerra – um período que abrange desde o otimismo do boom econômico até as tensões da Guerra do Vietnã. Entre os entrevistados estão o biógrafo de Erroll Garner e dois dos músicos de seu grupo original: o baixista Ernest McCarty e o baterista Jimmie Smith – além de duas ex-companheiras do músico e a filha, Kim Garner.

Imovision/Divulgação

Misty – A História de Erroll Garner: * * *

COTAÇÕES

* * * * * ótimo     * * * * muito bom     * * * bom     * * regular     * ruim

Assista ao trailer de Misty – A História de Erroll Garner:

Roger Lerina

Roger Lerina

Jornalista e crítico de cinema. Editou de 1999 a 2017 a coluna Contracapa sobre artes, cultura e entretenimento, publicada no Segundo Caderno do jornal Zero Hora.

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