Em sua nona edição, o Noite dos Museus movimentou a capital gaúcha, aproximando o público das instituições de arte e patrimônio histórico da cidade. Com quase 40 espaços participantes, distribuídos entre 12 bairros de Porto Alegre, e dois grandes palcos erguidos no Centro Histórico, o evento atraiu cerca de 250 mil pessoas que aproveitaram para visitar 65 exposições e curtir mais de cem atrações artísticas, entre shows musicais, saraus, contação de histórias e performances de circo, teatro e dança.
A Praça da Alfândega, que se transformou nos últimos anos em um dos locais mais simbólicos do evento, voltou a ser palco de grandes apresentações. Entre elas, uma surpresa: a participação de Emicida e de Zudizilla no show do rapper Rashid. Juntos, eles improvisaram uma sessão de rima que reforçava a força da cultura das ruas.
O público também se concentrou em outros pontos importantes da cidade, como a Praça da Matriz, que tem em seu entorno diversas instituições que abriram durante o evento, como o Palácio Piratini, o Memorial do Judiciário do Rio Grande do Sul, o Memorial do Ministério Público do Rio Grande do Sul, o Solar dos Câmara e a Pinacoteca Ruben Berta. Quem passou por ali ainda curtiu o palco ao ar livre, montado na Esplanada da Assembleia Legislativa, que reuniu uma multidão para dançar e cantar alto com artistas como Tonho Crocco, apresentando um show especial em tributo a Tim Maia.
O evento ainda contou com uma grande novidade neste ano: uma corrida noturna que uniu esporte, cultura, história e identidade, passando por pontos importantes desta edição do Noite dos Museus, como a Casa de Cultura Mario Quintana, o Museu da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, o Museu Militar do Comando Militar do Sul, o Memorial do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), o Mercado Público e o Museu de Arte do Paço (MAPA). Foram 3 mil participantes correndo juntos.
Mas não foi só o Centro Histórico que ficou movimentado. O público se espalhou por diversas outras regiões da cidade, indo da Cidade Baixa, onde está o Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo, à Zona Norte, na sede do Museu da Cultura Hip Hop RS, passando ainda pelo Instituto Caldeira, no Quarto Distrito. Milhares de visitantes circularam por bairros como o Moinhos de Vento, onde estão o Goethe-Institut e a Galeria de Arte do DMAE; o bairro Santana, que abriga o Planetário da UFRGS; e o Farroupilha, onde então o Centro Cultural da UFRGS e a Fundação Ecarta. Novidades no circuito de visitação, como o Colégio Leonardo da Vinci - Alfa, no bairro Rio Branco, e o Museu Estadual Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro, no Partenon, também atraíram um grande número de pessoas para outras localidades.
Com o tema A Arte Desperta, reforçado pela campanha assinada pela agência Escala, a edição 2025 propôs transformar diferentes espaços da cidade em palcos vivos de arte, conectando patrimônio, memória e contemporaneidade em uma programação gratuita e diversa. O evento ainda contou com participação do Clube do Comércio de Porto Alegre, do Espaço Força e Luz, do Museu de Anatomia da UFCSPA - MAUPoA, do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul, da Associação Comercial de Porto Alegre - ACPA, do Memorial da Justiça Eleitoral Ministro Teori Albino Zavascki, do Memorial do Legislativo do Rio Grande do Sul, do Centro Histórico-Cultural Santa Casa e do Museu da UFRGS.
Outra novidade deste ano foi o Circuito Zoraviando pelas Galerias, com seis galerias de arte da cidade que abriram suas portas com exposições e diálogos que ecoam o espírito inquieto de Zoravia Bettiol, artista plástica gaúcha que completa 90 anos de vida e criação. Foram elas a Casa Amarela, o Espaço de Arte Art Hotel, a Galeria 506, a Galeria Espaço Cultural Duque, a Galeria Stockinger e o Plano B Cultural.