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Novidade na Feira do Livro: uma banca construída por uma marceneira

Novidade na Feira do Livro: uma banca construída por uma marceneira
Nathália Barbieri na frente da banca que construiu para a Editora Libretos | Foto: Clô Barcellos/Divulgação

A banca da Libretos na Feira do Livro de Porto Alegre deste ano está fazendo história. Clô Barcellos garante que essa é a primeira banca construída por uma mulher em 71 anos de evento. Pelo menos durante os 14 anos em que expõe na Feira, ela nunca ouviu falar em outros estandes construídos por marceneiras.

O estande da Libretos foi projetado e executado por Nathalia Barbieri, que há quase cinco anos trabalha com produção artesanal de objetos de madeira. “É muito legal saber que eu estou abrindo caminhos para outras mulheres. É uma profissão ainda vista como uma profissão masculina”, observa. 

Em meio a tantas bancas antigas, muitas inclusive alugadas, Clô está feliz por ter uma novinha. “Além de ser a primeira barraca feita por uma mulher, ela é também uma das poucas que já estão no padrão do ano que vem”, conta a jornalista e editora. O novo modelo vai uniformizar o tamanho dos estandes, com isso, vão deixar de existir as bancas de 5 metros, já que as novas devem ser de até 3,6m de comprimento.  

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Editora e artesã se conheceram em um evento em setembro, também na capital, que contou com a participação da Libretos e da Emboá Marcenaria, empresa de Nathália.

Para ela, foi um desafio cumprir o prazo para um projeto tão grande, mas também uma experiência “bem gratificante”. A marcenaria tornou-se o sustento para Nathália recentemente, apesar de o gosto pelo trabalho com a madeira tenha origem na infância, quando começou junto da mãe. No final da pandemia, ela decidiu largar um cargo concursado na prefeitura de Porto Alegre para se dedicar à produção artesanal.

Tentamos confirmar com a assessoria de imprensa se houve outras marceneiras na história da Feira do Livro, mas não tivemos retorno até o fechamento. De toda forma, é um feito a se destacar. Até o Google acha que não existem “marceneiras” e sugere corrigir a palavra para “marcenaria”.

Se você conhece outras marceneiras que já trabalharam na Feira do Livro de Porto Alegre, entre em contato com a redação ou deixe um comentário abaixo.

Olívia Geyer

Estagiária de jornalismo. Estudante da Famecos/PUCRS. Contato: olivia@matinal.org

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