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Como nasce um cientista? Sabatina Parêntese com Flávia Twardowski aborda a importância do incentivo à pesquisa

Como nasce um cientista? Sabatina Parêntese com Flávia Twardowski aborda a importância do incentivo à pesquisa

A última edição do ano da Sabatina Parêntese – Conversas sobre o futuro acontece no sábado, 6 de dezembro. A convidada que encerra a programação de 2025 é Flávia Twardowski, doutora em Engenharia de Produção pela UFRGS e Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS. Com mediação de Luís Augusto Fischer, o encontro ocorre às 10h30 na livraria Paralelo 30. Além de ser gratuito e aberto à comunidade, será transmitido no canal da Matinal no YouTube

A conversa vai se aproximar da experiência de Flávia com a docência. Desde 2010 ela orienta projetos de pesquisa na Educação Básica, voltados para a popularização da ciência. Em 2023, a professora foi uma das premiadas pela embaixada dos Estados Unidos com o Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença, condecoração que reconhece o trabalho de profissionais que promovem a equidade de gênero e o empoderamento feminino. Flávia é também mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFRGS, instituição onde realizou a graduação em Engenharia de Alimentos.

Projetos de estudantes supervisionados pela pesquisadora já receberam mais de 200 prêmios nacionais, e seu foco está em guiar estudantes do Ensino Médio, especialmente meninas, em áreas relacionadas à Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. 


Do clima à neurociência

Em 2025, a Sabatina Parêntese conta com o apoio do Instituto Novos Paradigmas. Desde março, o projeto promovido pela revista Parêntese, publicação mensal da Matinal, conversou com cientistas de áreas diversas, das pesquisas na Antártica sobre o clima do planeta aos mistérios da neurociência. Confira abaixo alguns dos diálogos.

Venisse Schossler, vinculada ao Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Schossler revelou que, apesar da distância, as mudanças ocorridas em razão da emergência climática na Antártica acabam afetando diretamente a vida em cidades como Porto Alegre. Ela também falou sobre sua trajetória acadêmica, e as dificuldades de fazer ciência em um território ainda de certa forma intocado por disputas políticas mais agressivas.

Luciana Nunes, professora do Departamento de Estatística da UFRGS

Nunes lembrou dos caminhos que a levaram até a docência, em uma área que ainda precisa de maior visibilidade, e apresentou diversas maneiras pelas quais é possível identificar a presença e a importância da estatística no cotidiano.

Rafael Brunhara, tradutor e professor de Língua e Literatura Grega da UFRGS

Brunhara falou sobre seus interesses desde a graduação até o doutorado, período em que migrou da língua inglesa para os estudos que desenvolve hoje, e também comentou o contexto específico da elaboração de seu mais recente trabalho, a tradução da Poética, de Aristóteles, direto do grego. 

Eduardo Zimmer, professor da UFRGS e um dos principais pesquisadores brasileiros em neurociência

Zimmer explicou como sua trajetória pessoal – de jogador de futsal nas Missões a pesquisador em Porto Alegre e professor visitante da McGill University, no Canadá – o levou a se tornar um dos nomes de destaque da área no país. Ele e sua equipe desenvolveram pesquisas que ajudaram a validar biomarcadores e exames de sangue capazes de indicar o risco de Alzheimer antes do aparecimento dos sintomas clínicos.

Sandra Müller, professora no Departamento de Ecologia da UFRGS

Müller abordou aspectos da flora rio-grandense, considerando características do Pampa e da Mata Atlântica, e os atuais distúrbios que ameaçam esses ecossistemas. Além de nomear o local em que ocorre a Sabatina, a coordenada geográfica paralelo 30 foi tema da pesquisa de doutorado de Müller, que estudou mosaicos de campo-floresta na região metropolitana de Porto Alegre. 

Tarso Genro, advogado e ex-governador do Rio Grande do Sul

Tarso deu visibilidade aos contextos sociopolíticos que se entrelaçam com sua própria trajetória, considerando passagens em posições estratégicas em nível partidário, e nos governos municipal, estadual e federal. O advogado lembrou que é preciso paciência histórica para enfrentar o presente, no Brasil e no mundo. 


Todas as conversas da Sabatina estão disponíveis em uma playlist, no canal da Matinal no YouTube. Para garantir a existência de projetos como esse, confira nossos planos de assinatura e apoie o jornalismo independente que transforma Porto Alegre em uma cidade melhor para se viver!

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